sábado, 24 de setembro de 2011

Amo

Humberto Mainenti

Amo fraternalmente
Amo "animalmente"
Amo completamente
Amo

Amo inocentemente
Amo indecentemente
Amo naturalmente
Amo

Amo docemente
Amo loucamente
Amo intensamente
Amo

Amo racionalmente
Amo apaixonadamente
Amo desesperadamente
Amo

Amo intimamente
Amo anonimamente
Amo invisivelmente
Amo

Amo ternamente
Amo eternamente
Amo simplesmente
Amo


domingo, 13 de fevereiro de 2011

Já chega pra mim

Refrão do que em breve virá a ser um forrozinho arretado

Você "pôs o pé na risca"!
Você "travessô o corguim"!
Você "rebentô a linha"!
Você "mangô de mim"!

Você "trapassô os limite"!
Você "abusô um cadim"!
Você "fez hora comigo"!
Você "já chega pra mim"!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Incompetência

Praça "Iluminada" da Liberdade, 7 de Dezembro de 2010, 20h04.

Quanto mais o tempo passa,
Em seu ritmo veloz e intenso,
Mais e mais eu me c
onvenço
Da minha enorme incompetência
Em lidar com a sua ausência.

domingo, 21 de novembro de 2010

Oração de São Francisco

Texto oportuno para esse dia

Senhor, fazei-me instrumento da tua paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

domingo, 31 de outubro de 2010

Descanse em paz

Da série "Publicações Tardias"
Final de um soneto não iniciado, em
homenagem à (minha) Lua
Escrito nos últimos dias de Ma
io de 2010


Agora ela está com os bichinhos de lá do Céu;
Junto com os anjos, em enorme escarcéu,
Enche de alegria a casa de Deus.

E, sobre a mata que lhe serviu de mauzoléu,
A outra lua esparrama o seu véu,
Como a dizer: "Ela está bem, queridos meus!"

domingo, 17 de outubro de 2010

Quando o medo vence a esperança

Humberto Mainenti
Da série "Publicações Tardias"
Escrito em 09 de Agosto de 2010


Quando o medo vence a esperança,
Quando se esvai toda a cumplicidade,
Do que era bom, só fica a lembrança,
Do que era “um”, só restam metades.

Quando o medo vence a esperança
E leva consigo todo o amor construído,
É como destruir o sonho de uma criança,
É como viver sem ter valido.

Foi por viver repleto de esperança,
Que plantei, em dias de bonança,
No meu jardim, a mais bela flor.

E hoje me sinto como aquela criança:
Da flor, o medo deixou só a lembrança.
Se foi o meu sonho, se foi o meu amor.

Cunhada por Deus

Humberto Mainenti
Da série "Publicações Tardias"
Escrito em algum momento do 1º semestre de 2010

Ao desabrochar, em beleza e frescor,
Flor tão bela quanto a da eterna estação;
Como em intenso e platônico amor,
Se questiona, confuso, o coração:

- Em que pensaste, oh, Jardineiro da Vida,
Ao mostrar-me, em muda, outra flor,
Tão esplendorosa em cheiro e em cor,
Se, em meu jardim, já havia a escolhida?

E assim, noutro jardim, cresce a flor,
Inalcançável, apenas seu odor
É tudo o que posso sentir.

Bela flor, cunhada(,) por Deus!
O porquê dos sentimentos meus,
Só noutra vida hei de descobrir.