Praça "Iluminada" da Liberdade, 7 de Dezembro de 2010, 20h04.
Quanto mais o tempo passa,
Em seu ritmo veloz e intenso,
Mais e mais eu me convenço
Da minha enorme incompetência
Em lidar com a sua ausência.
Praça "Iluminada" da Liberdade, 7 de Dezembro de 2010, 20h04.
Quanto mais o tempo passa,
Em seu ritmo veloz e intenso,
Mais e mais eu me convenço
Da minha enorme incompetência
Em lidar com a sua ausência.
Texto oportuno para esse dia
Senhor, fazei-me instrumento da tua paz.
Da série "Publicações Tardias"
Final de um soneto não iniciado, em homenagem à (minha) Lua
Escrito nos últimos dias de Maio de 2010
Agora ela está com os bichinhos de lá do Céu;
Junto com os anjos, em enorme escarcéu,
Enche de alegria a casa de Deus.
Humberto Mainenti
Da série "Publicações Tardias"
Escrito em 09 de Agosto de 2010
Quando o medo vence a esperança,
Quando se esvai toda a cumplicidade,
Do que era bom, só fica a lembrança,
Do que era “um”, só restam metades.
Quando o medo vence a esperança
E leva consigo todo o amor construído,
É como destruir o sonho de uma criança,
É como viver sem ter valido.
Foi por viver repleto de esperança,
Que plantei, em dias de bonança,
No meu jardim, a mais bela flor.
E hoje me sinto como aquela criança:
Da flor, o medo deixou só a lembrança.
Se foi o meu sonho, se foi o meu amor.
Humberto Mainenti
Da série "Publicações Tardias"
Escrito em algum momento do 1º semestre de 2010
Ao desabrochar, em beleza e frescor,
Flor tão bela quanto a da eterna estação;
Como em intenso e platônico amor,
Se questiona, confuso, o coração:
- Em que pensaste, oh, Jardineiro da Vida,
Ao mostrar-me, em muda, outra flor,
Tão esplendorosa em cheiro e em cor,
Se, em meu jardim, já havia a escolhida?
E assim, noutro jardim, cresce a flor,
Inalcançável, apenas seu odor
É tudo o que posso sentir.