domingo, 12 de dezembro de 2010

Incompetência

Praça "Iluminada" da Liberdade, 7 de Dezembro de 2010, 20h04.

Quanto mais o tempo passa,
Em seu ritmo veloz e intenso,
Mais e mais eu me c
onvenço
Da minha enorme incompetência
Em lidar com a sua ausência.

domingo, 21 de novembro de 2010

Oração de São Francisco

Texto oportuno para esse dia

Senhor, fazei-me instrumento da tua paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.

domingo, 31 de outubro de 2010

Descanse em paz

Da série "Publicações Tardias"
Final de um soneto não iniciado, em
homenagem à (minha) Lua
Escrito nos últimos dias de Ma
io de 2010


Agora ela está com os bichinhos de lá do Céu;
Junto com os anjos, em enorme escarcéu,
Enche de alegria a casa de Deus.

E, sobre a mata que lhe serviu de mauzoléu,
A outra lua esparrama o seu véu,
Como a dizer: "Ela está bem, queridos meus!"

domingo, 17 de outubro de 2010

Quando o medo vence a esperança

Humberto Mainenti
Da série "Publicações Tardias"
Escrito em 09 de Agosto de 2010


Quando o medo vence a esperança,
Quando se esvai toda a cumplicidade,
Do que era bom, só fica a lembrança,
Do que era “um”, só restam metades.

Quando o medo vence a esperança
E leva consigo todo o amor construído,
É como destruir o sonho de uma criança,
É como viver sem ter valido.

Foi por viver repleto de esperança,
Que plantei, em dias de bonança,
No meu jardim, a mais bela flor.

E hoje me sinto como aquela criança:
Da flor, o medo deixou só a lembrança.
Se foi o meu sonho, se foi o meu amor.

Cunhada por Deus

Humberto Mainenti
Da série "Publicações Tardias"
Escrito em algum momento do 1º semestre de 2010

Ao desabrochar, em beleza e frescor,
Flor tão bela quanto a da eterna estação;
Como em intenso e platônico amor,
Se questiona, confuso, o coração:

- Em que pensaste, oh, Jardineiro da Vida,
Ao mostrar-me, em muda, outra flor,
Tão esplendorosa em cheiro e em cor,
Se, em meu jardim, já havia a escolhida?

E assim, noutro jardim, cresce a flor,
Inalcançável, apenas seu odor
É tudo o que posso sentir.

Bela flor, cunhada(,) por Deus!
O porquê dos sentimentos meus,
Só noutra vida hei de descobrir.