Humberto Mainenti
Da série "Publicações Tardias"
Escrito em algum momento do 1º semestre de 2010
Ao desabrochar, em beleza e frescor,
Flor tão bela quanto a da eterna estação;
Como em intenso e platônico amor,
Se questiona, confuso, o coração:
- Em que pensaste, oh, Jardineiro da Vida,
Ao mostrar-me, em muda, outra flor,
Tão esplendorosa em cheiro e em cor,
Se, em meu jardim, já havia a escolhida?
E assim, noutro jardim, cresce a flor,
Inalcançável, apenas seu odor
É tudo o que posso sentir.
O porquê dos sentimentos meus,
Só noutra vida hei de descobrir.
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